A epidemia do vírus da zika continua sendo uma emergência de saúde de
alcance internacional, dada sua contínua expansão geográfica e as grandes
lacunas no entendimento de seus efeitos neurológicos, declarou hoje (2) a
Organização Mundial da Saúde (OMS).
A diretora geral da entidade, Margaret Chan, divulgou as conclusões do
Comitê de Emergências da OMS, que nesta quinta-feira se reuniu para analisar a
evolução da epidemia.
"O fato de que desde a última reunião tenham sido declarados surtos
em distintas zonas geográficas e de que sigam existindo enormes lacunas sobre
seus efeitos colaterais nos obrigou a manter a definição de emergência
sanitária internacional", afirmou nesta sexta-feira, em entrevista
coletiva, o diretor do Comitê de Emergências, David Heymann.
Nas últimas semanas, foram confirmados quatro casos na Guiné-Bissau e
uma centena em Cingapura. O surto em Guiné-Bissau, no entanto, é produzido pela
cepa africana do vírus, enquanto no de Cingapura ainda se desconhece sua origem
e estão sendo realizados testes.
A cepa que apareceu no Brasil no final de 2014 e que provocou a epidemia
atual é a asiática, proveniente das ilhas do Pacífico, onde foi detectada pela
primeira vez em 2007.
A respeito das lacunas científicas, tanto Heymann como o diretor de
emergências da OMS, Peter Salama, assumiram que todas as incógnitas permanecem
sem resposta, dado que não se conhece por que o vírus provoca graves efeitos
neurológicos em alguns casos e em outros não.
Ainda nesta sexta-feira, a OMS anunciou que não
há relatos de pessoas com sintoma de zika entre pessoas que compareceram aos
Jogos Olímpicos no Brasil.
FONTE: Portal G1.
Nenhum comentário:
Postar um comentário