O Ministério da Saúde anunciou hoje (28) a oferta do antirretroviral
Dolutegravir para cerca de 100 mil pacientes que vivem com HIV no Brasil. A
previsão da pasta é que o medicamento comece a ser distribuído na rede pública
em 2017.
Inicialmente, o Dolutegravir será ofertado no Sistema Único de Saúde
(SUS) a todos os pacientes que estão começando o tratamento e também a
pacientes que apresentam resistência a antirretrovirais mais antigos.
De acordo com o ministério, o medicamento será incluído ao novo Protocolo
Clínico e Diretrizes Terapêuticas de Manejo da Infecção do HIV, que deve ser
atualizado ainda este ano.
Mudança
Atualmente, o esquema de tratamento das pessoas que vivem com HIV, na
fase inicial, é composto pelos medicamentos Tenofovir, Lamivudina e Efavirenz,
conhecido como 3 em 1. A partir de 2017, o Dolutegravir associado ao 2 em 1
(Tenofovir e Lamivudina) será indicado no lugar do Efavirenz.
Segundo a coordenadora do departamento de DST, Aids e Hepatites Virais,
Adele Benzaken, o Dolutegravir apresenta um nível muito baixo de efeitos
adversos, aspecto considerado bastante importante para a adesão e o sucesso do
tratamento contra o HIV.
Panorama
Desde o começo da epidemia, o Brasil registrou 798.366 casos de Aids, no
período de 1980 a junho de 2015. No período de 2010 a 2014, o Brasil registrou
40,6 mil novos casos ao ano, em média.
Em relação à mortalidade, houve uma redução de 10,9% nos
últimos anos, passando de 6,4 óbitos por ano por 100 mil habitantes em 2003
para 5,7 em 2014.
FONTE: Agência Brasil.
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