A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso
excepcional de um medicamento indicado para câncer, o Avastin, para tratamento
de degeneração macular relacionada à idade (DMRI), doença que afeta uma região
da retina e que promove perda gradual da visão.
O uso do medicamento nesses casos deve seguir um protocolo de uso que
deverá ser publicado pelo Ministério da Saúde, segundo resolução publicada no
Diário Oficial da União nesta quinta-feira (8). A aprovação do uso excepcional
vale por três anos.
O Avastin, nome comercial bevacizumabe, é aprovado pela Anvisa para
tratar alguns casos de câncer colorretal, câncer de pulmão, câncer de mama,
câncer de células renais e câncer epitelial de ovário, tuba uterina e
peritoneal primário.
Uso 'off label'
Trata-se de um anticorpo monoclonal que atua reduzindo a vascularização
de tumores.
O produto da farmacêutica Roche já vinha sendo usado no Brasil e em
outros países para tratar degeneração macular de forma off label, ou seja,
de forma diferente de sua indicação na bula.
Um estudo publicado em 2012 na revista médica "Ophtalmology",
que comparou o uso de Avastin com Lucentis (ranibizumabe), indicado para DMRI,
constatou que as duas drogas são equivalentes no tratamento dessa doença.
Nos Estados Unidos, a droga é indicada para tratar alguns casos de
câncer colorretal, renal, glioblastoma e de pulmão. A indicação para tratamento
de câncer de mama, porém, foi revogada no país, pois, segundo o Food and Drug
Administration (FDA), órgão americano equivalente à Anvisa, os riscos
associados ao tratamento não justificam o benefício observado na maioria dos
casos.
FONTE: Portal G1
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