A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO)
alertou que o comércio
agroalimentar da América Latina registrou contração em 2015.
Exportações brasileiras do setor registraram uma queda de 10%. Ao lado da
Argentina – também com decréscimo, de 8% –, Brasil é responsável por mais da
metade das exportações da região.
Segundo a agência da ONU, 2015 foi o segundo ano consecutivo em que as
atividades comerciais do setor apresentaram decréscimos– acompanhando
tendências do comércio de outros bens.
A FAO explica que a balança comercial do setor agroalimentar permanece
positiva, uma vez que o volume de exportações continua ultrapassando o de
importações. O saldo positivo, porém, está cada vez menor e a compra e venda ao
exterior têm registrado decréscimos significativos.
Exportações da região no ano passado chegaram a um valor próximo dos 199
bilhões de dólares – montante que representa um decréscimo de 7,5% na
comparação com 2014. Já as importações dos produtos agroalimentares somaram
71,4 bilhões de dólares – 13,6% a menos que o valor registrado no ano anterior.
Com isso, o saldo comercial registrou um valor de 127,6 bilhões de
dólares, mas essa taxa é indicativa de uma contração de 3,6%. Em 2015, o valor
também registrou um decréscimo (3,5%).
Motivos
Segundo a agência da ONU, a atual baixa do setor agroalimentar se deve à
queda dos preços dos produtos básicos exportados pela América Latina, além de
demanda menor por produtos de exportação – o que afeta principalmente os países
da América do Sul.
Além do Brasil e Argentina, outras economias sul-americanas também
registraram contrações nas exportações. Por outro lado, o México – terceiro
maior exportador da América Latina – registrou avanços nas exportações em
comparação a 2014. Alguns países da América Central e a Venezuela também
verificaram crescimento.
A avaliação da FAO também analisou os números do comércio agroalimentar
intrarregional na América Latina – que alcançou o valor de 27,4 bilhões de
dólares em 2015. O volume representa uma contração de 17,6% em relação ao ano
anterior.
Entre os fatores que levaram a essa queda, estão uma demanda menor por
produtos agroalimentares por parte dos principais países que compram esses bens
na região, como o Brasil e o Chile. As duas nações respondem por um terço da
demanda intrarregional. Em 2015, elas apresentaram reduções de 16% e 7%, respectivamente,
em suas compras de alimentos. A FAO aponta que contrações da demanda foram
observadas na maioria das economias latino-americanas.
Fonte: Portal O Mossoroense.
Nenhum comentário:
Postar um comentário