Até a próxima sexta-feira (13), todos os Estados do país já terão
recebido 100% das doses da vacina (54 milhões) para imunizar as 49,8 milhões de
pessoas que fazem parte do público-alvo da campanha contra a gripe. O
excedente, que neste ano é de mais de 4 milhões de doses, é chamado de reserva
técnica e faz parte da estratégia de vacinação. Portanto, o Ministério da Saúde
reafirma que não há falta do produto e que todo o público-alvo da campanha será
vacinado.
Até o momento, 49,5 milhões de doses do imunobiológico foram entregues
aos Estados, o que representa 93% do total de doses da campanha. Alguns Estados
da região Norte e São Paulo já receberam 100% das doses. Desde o dia 1º de
abril, o Ministério da Saúde está enviando em etapas aos Estados a vacina contra
a influenza de 2016. A entrega aos municípios, por sua vez, é responsabilidade
dos Estados.
Devem tomar a vacina pessoas a partir de 60 anos, crianças de seis meses
a menores de cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias), trabalhadores de
saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto),
pessoas privadas de liberdade – o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21
anos em medidas socioeducativas – e os funcionários do sistema
prisional.
As pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis, que inclui
pessoas com deficiências específicas, também devem se vacinar. Para esse grupo
não há meta específica de vacinação.
A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização
Mundial da Saúde (OMS).
Segurança
A vacina contra gripe é segura e reduz as complicações que podem
produzir casos graves da doença, internações ou, até mesmo, óbitos. Estudos
demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de
hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da
influenza.
"Temos milhões de pessoas vacinadas, não só no Brasil, mas no
mundo. Esta é uma vacina de vírus inativado, desta forma não tem capacidade de
ocasionar um quadro gripal. O que pode ocorrer é que a pessoa, ao receber a
vacina, coincidentemente, pode ter sido acometida por outros tipos de vírus em
circulação e que não estão incluídos na vacina, inclusive aqueles que causam
resfriados", explicou a coordenadora Carla Domingues.
Casos
da doença
Neste ano, até 30 de abril, foram registrados 2.467 casos de influenza
de todos os tipos no Brasil. Deste total, 2.085 por influenza A (H1N1), sendo
411 óbitos, com registro de um caso importado (o vírus foi contraído em outro
país). Os dados constam no Boletim Epidemiológico de Influenza do Ministério da
Saúde.
A região Sudeste concentra o maior número de casos (1.279) influenza A
H1N1, sendo 1.130 no Estado de São Paulo. Outros Estados que registraram casos
neste ano foram Rio Grande do Sul (140); Goiás (136); Paraná (102); Santa
Catarina (100); Pará (82); Distrito Federal (62); Rio de Janeiro (57); Bahia
(56); Minas Gerais (51); Espírito Santo (41); Mato Grosso do Sul (36);
Pernambuco (32); Ceará (15); Paraíba (12); Alagoas (11); Rio Grande do Norte
(10); Mato Grosso (4); Amapá (2); Rondônia (1); Roraima (1); Maranhão (1);
Piauí (1) e Sergipe (1).
Com relação ao número de óbitos, São Paulo registrou 202, seguido por
Rio Grande do Sul (31); Goiás (22); Rio de Janeiro (22); Santa Catarina (21);
Paraná (16); Minas Gerais (13); Pará (13); Bahia (13); Espírito Santo (11);
Paraíba (8); Mato Grosso do Sul (8); Pernambuco (7); Ceará (5); Rio Grande do
Norte (5); Distrito Federal (5); Mato Grosso (3); Amapá (2); Alagoas (2) e
Maranhão (1).
FONTE: Jornal De Fato.
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