Refugiados buscam ajuda na Europa |
O total de pessoas deslocadas - homens, mulheres e crianças forçadas a
deixar suas casas em razão da guerra ou de perseguições - chegou em 2015 a 65,3
milhões em todo o mundo, informou hoje (20) a Agência das Nações Unidas para
Refugiados (Acnur). Trata-se da maior crise de refugiados e migração desde a 2ª
Guerra Mundial.
O dado faz parte do relatório Tendências Globais, que registra o
deslocamento forçado de populações ao redor do mundo com base em dados dos
governos, de agências parceiras e da própria Acnur. O documento foi divulgado
pela Acnur por ocasião do Dia Mundial do Refugiado, celebrado hoje.
O relatório Tendências Globais, da Acnur, informa que, dos
65,3 milhões de refugiados existentes em 2015, 3,2 milhões se encontravam em
países industrializados aguardando solicitações de refúgio. Cerca de 21,3
milhões de refugiados estavam em outras regiões ao redor do mundo e 40,8
milhões foram forçados a fugir de suas casas, mas continuam dentro das
fronteiras de seus próprios países.
Tendências
Segundo o documento Tendências Globais, da Acnur, na maioria das regiões
do mundo o deslocamento forçado tem aumentado desde meados da década de 90. Mas
este crescimento se acentuou ao longo dos últimos cinco anos. Há pelo menos
duas razões que explicam esta tendência: a) situações que causam grandes fluxos
de refugiados estão durando mais (por exemplo, conflitos na Somália ou no
Afeganistão estão agora em sua terceira e quarta décadas, respectivamente); b)
novas ou antigas situações dramáticas estão ocorrendo frequentemente (o maior
conflito atual é na Síria).
Europa
Ainda segundo a ONU, apenas 14% dos refugiados procuraram refúgio na
União Europeia, contra 86% que estão em países de baixos e médios rendimentos
fora da UE.
A Turquia, junto com o Paquistão e o Líbano, está à frente no ranking de
países que mais refugiados acolheram temporariamente em 2015. Ao longo do ano,
a Alemanha voltou a encabeçar a lista de países que mais pedidos de asilo
aceitou, seguida dos Estados Unidos e da Suécia.
Nas últimas semanas, Portugal, por exemplo, recebeu mais de 300
refugiados provenientes da Grécia e da Itália, através do programa de recolocação
da União Europeia. O acolhimento dessas pessoas faz parte do compromisso
assumido pelo país de receber pelo menos 4.500 refugiados até o final do ano
que vem.
FONTE: Agência Brasil.
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