Angola registrou quase 150 novos casos suspeitos de febre amarela na
última semana e mais 17 mortes, elevando o total de vítimas a 345 desde o
início da epidemia, em 5 de dezembro.
Os dados, até 10 de junho, constam do mais recente relatório da
Organização Mundial da Saúde (OMS) e mostram 3.137 casos suspeitos
contabilizados em seis meses, dos quais 847 confirmados. A OMS acompanha a epidemia de febre amarela em Angola com apoio técnico
e financeiro. Também há casos confirmados no Congo, Quênia e na China.
"A situação epidemiológica em Lunda Norte é de particular
preocupação. Essa província [no Norte de Angola] faz fronteira com o Congo e
registra habitualmente elevado fluxo de pessoas e bens entre os dois países.
Até o momento, três casos exportados de Lunda Norte para o Congo foram
confirmados em laboratório", cita a OMS.
Em Angola, segundo o relatório, a epidemia de febre amarela está
presente em 16 das 18 províncias - transmitida a partir de Luanda, o foco desta
crise. Há registro de transmissão local em 12 províncias. Só Luanda e Huambo representam, até o momento, 1.778 casos suspeitos de
febre amarela e, no plano nacional, a maioria dos infectados tem entre 15 e 24
anos.
A OMS lembra que estão em curso esforços no sentido de reforçar a
vigilância e que o número de novos infectados diminui lentamente, apesar dos
vários casos detectados em novas regiões do país. A organização alerta que existe o risco de transmissão da doença a
outros países que mantêm relações com Angola.
FONTE: Agência Brasil.
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