Quase um terço (31%) dos homens brasileiros não tem o hábito de ir ao médico
saúde para acompanhar seu estado de saúde e buscar auxílio na prevenção de
doenças e na qualidade de vida. Pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde
aponta que barreiras socioculturais interferem na prevenção à saúde. Em muitos
casos, os homens pensam que não ficam doentes ou têm medo de descobrir doença,
além de sentirem que esse cuidado pode interferir na sua imagem de cuidado com
a família.
“Saúde é importante para que os homens participem ativamente das
atividades familiares. Nossa chamada é para que os pais procurem os serviços e
recebam orientações para cuidar de sua saúde e prevenir doenças, como manter as
vacinas em dia. Filhos, lembrem seus pais de cuidar regularmente da saúde. Esse
será o melhor presente para toda a família”, afirmou o ministro da Saúde,
Ricardo Barros.
Uma das respostas mais comuns entre os homens (55%) é dizer que não
buscaram os serviços de saúde, pois nunca precisaram. Essa falta de cuidado, no
entanto, esconde uma crescente consequência para a maioria dos brasileiros:
eles morrem mais cedo do que as mulheres e de doenças que poderiam ser
prevenidas, como acidentes vasculares, infartos, cânceres e doenças do aparelho
digestivo.
A pesquisa mostrou ainda que, apesar do Pré-natal da parceira ser o
momento em que o homem está mais próximo do serviço de saúde, ele ainda é pouco
aproveitado pelos profissionais. A maioria dos homens (80%) disse que
acompanhou a parceira nas consultas de pré-natal, mas 56% disseram que o
atendimento teve foco apenas nas orientações para a gestante.
Sobre a realização de exames, 84,6% dos pais não realizaram nenhum
durante o pré-natal. Os exames mais pedidos para os que realizaram foram
tipagem sanguínea (70,4%), seguido da sorologia para HIV e hemograma. Também
foi alto o percentual de homens que informaram que não atualizaram o seu cartão
de vacinas – 64%. Quanto às orientações sobre planejamento familiar, 61%
relataram ter recebido atendimento nos serviços de saúde.
O inquérito telefônico foi realizado em 2015, com mais de seis mil
homens cujas parceiras fizeram parto no SUS. Dentre os participantes, 80%
tinham entre 20 e 39 anos e 67,3% afirmaram ter renda entre 1 e 2 salários
mínimos. Quase metade (49%) relataram que são casados e apenas 36,9% possuíam
nível médio completo.
Saúde
do Homem
O resultado da busca tardia pelo serviço de saúde é que, em média, os
homens vivem sete anos a menos que as mulheres. Segundo a última pesquisa do
IBGE, enquanto a expectativa de vida dos homens alcançou 71 anos, entre as
mulheres, a expectativa é de 78 anos. As causas que mais matam os homens são as
externas, (acidentes de trânsito, violências), seguido de doenças do aparelho
circulatório, neoplasias e aparelho digestivo. Ou seja, males que, se
conhecidos no estágio inicial, podem ser prevenidos ou controlados.
FONTE: Portal O Mossoroense.
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