Para conscientizar a população neste 18 de maio, Dia
Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes,
organizações sociais – a Childhood Brasil, Fundação Abrinq, Liberta e Plan
International Brasil – e a Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do
Adolescente se uniram para promover ações sobre o tema, como seminários, flash
mob (aglomerações instantâneas de pessoas), estudos e a distribuição de
material.
Nos anos de 2015 e 2016, a Ouvidoria Nacional dos
Direitos Humanos, por meio do Disque 100, recebeu mais de 37 mil denúncias de
violência sexual na faixa etária de 0 a 18 anos, o que corresponde a 10% das
ligações feitas à central telefônica.
Os crimes de abuso sexual (72%) e exploração sexual (20%)
foram os casos mais citados nesse levantamento. As demais ligações estavam
relacionadas a outras violações como pornografia infantil, sexting (divulgação
de conteúdo por meio de celulares), grooming (tentativa do adulto
para conquistar a confiança da vítima), exploração sexual no turismo e estupro.
Sobre o perfil das vítimas, a maior parte delas é formada
por meninas (67,69%), seguida por meninos (16,52%) e não informados (15,79%).
Homens (62,5%) e adultos de 18 a 40 anos (42%) são apontados como autores da
maioria dos casos.
Cerca de 40% do total de denúncias eram referentes a
crianças de 0 a 11 anos. As faixas etárias de 12 a 14 anos e de 15 a 17 anos
correspondem, respectivamente, a 30,3% e 20,09% das denúncias. No ano passado,
os estados de São Paulo, Minas Gerais, da Bahia, do Rio de Janeiro e Rio Grande
do Sul foram os cinco que lideraram o ranking das mais de 14 mil
denúncias feitas por meio do Disque 100.
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