O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) está atento a
um possível retrocesso nas ações de combate à pobreza no Brasil diante da atual
crise econômica, afirmou a representante do programa no país, Maristela Baioni.
“Tivemos redução [da pobreza], nos últimos anos, mas, com a crise de
hoje, há o risco de a população voltar aos níveis de pobreza anteriores”, disse
Maristela que participou hoje (12) do seminário Diálogos sobre Prosperidade:
Parcerias para o Desenvolvimento Sustentável, realizado na BM&F Bovespa, na
capital paulista.
Segundo o Radar IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano
Municipal), estudo do Pnud divulgado no mês passado, a proporção de pessoas com
renda domiciliar per capita inferior a R$ 255, entre 2011 e 2014, diminuiu 9,3%
por ano. No período de 2000 a 2010, o decréscimo anual foi de 3,9%.
A redução da pobreza e temas como desigualdade social, corrupção,
violência crescente, degradação do meio ambiente e déficit de infraestrutura
integram a Agenda 2030 e os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Essas
metas foram adotadas por 193 países-membros das Nações Unidas, incluindo o
Brasil, a partir da Rio+20, em 2012.
Didier Trebucq, diretor do Pnud, defende que o Brasil aumente os
esforços para a promoção do desenvolvimento humano, já que mais de 224 milhões
de latinos correm o risco de voltar à pobreza, ou seja, 35% da população
latina. “Precisamos de medidas que permitam reforçar a inclusão produtiva”,
disse.
Segundo ele, atrair novos modelos de negócios e estratégias ajudam no
desenvolvimento econômico. Por isso, o programa fez um acordo de cooperação
técnica com 2 mil micro e pequenas empresas, como forma de impulsionar o setor
e a economia do país.
FONTE: Agência Brasil.
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