Em balanço de 200 dias de trabalho, o ministro da Saúde, Ricardo Barros,
disse nesta segunda-feira, 26, que o combate ao mosquito Aedes aegypti é o
maior desafio de 2017 na área de saúde pública. Com a expectativa de fechar
2016 com um crescimento dos casos de febre chikungunya em 627%, o ministro
reiterou que o problema é sério porque o mosquito é o transmissor universal de
vírus, que começou com a epidemia de dengue, zika e agora chikungunya.
“Cada cidadão é responsável pelo combate ao mosquito. Não há força
pública capaz de estar em todos os lugares eliminando os focos”, disse.
O governo previa entregar neste mês os repelentes para as 484 mil
gestantes inscritas no programa Bolsa Família, mas atrasos no processo de
compra do produto impediram o cumprimento do prazo. “Lamentavelmente a
burocracia tem nos atrasado”, reclamou o ministro.
Embora tenham feito uma economia de R$ 128 milhões e comprado um produto
com eficácia de 10 horas, ainda não há prazo para a entrega dos repelentes. A
licitação já foi concluída e agora é aguardar para que nenhum concorrente da
licitação entre com o recurso. Vencido os prazos de recurso, os repelentes devem
começar a ser distribuídos em 15 dias após a assinatura de contrato.
Expectativas
A expectativa em 2017 é de estabilidade para o número de casos de dengue
e zika, mas com ampliação das notificações de chikungunya. Levantamento de 10
de dezembro mostra queda de 9,1% dos casos de dengue (1.487.673 casos ao
total), 211.770 casos prováveis de zika (nem todos tiveram constatação com
teste) e 263.589 casos prováveis de chikungunya.
Desde outubro de 2015, foram 2.289 casos de microcefalia registrados no
Brasil e, em um ano, houve uma redução em 86% dos nascimentos de bebês com
microcefalia. “Está controlado. O susto fez com que as pessoas se cuidassem”,
concluiu o ministro.
Outra ação do governo foi a compra de 3,5 milhões de testes rápidos para
zika. O teste permite identificar em 20 minutos se o paciente está ou já foi
infectado pelo vírus. Além das ações de combate, estão sendo investidos R$ 10
milhões para vacina contra a doença pelo Instituto Evandro Chagas (em parceria
com a Universidade do Texas), outros R$ 11,6 milhões para o desenvolvimento da
vacina da zika pela Fiocruz e R$ 100 milhões para pesquisa clínica da vacina da
dengue pelo Instituto Butantan.
FONTE: Portal No Ar.
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