Começou na manhã de hoje (7) em Hamburgo a Cúpula do G20,
grupo que reúne os líderes das principais economias do mundo, em meio a
protestos que já deixaram mais de uma centena de feridos. A informação é da
Agência Télam.
A primeira reunião é focada no combate ao terrorismo. Em
seguida, na mesa de negociações, estarão em pauta os dois assuntos mais
espinhosos, devido à falta de consenso com os Estados Unidos: o livre comércio
e a luta contra as mudanças climáticas.
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, abriu o encontro
de dois dias com um apelo para que os membros cooperem de maneira estrita para
chegar a acordos, sem esquecer seus princípios. Merkel afirmou que espera que a
cúpula consiga avançar para solucionar os problemas urgentes no mundo e
acrescentou que acredita que todos os participantes trabalharão para isso.
Como anfitriã do encontro, a chanceler recebeu seus convidados,
entre eles o presidente dos Estados Unidos Donald Trump, no centro de
convenções da cidade, que está tomada por policiais para garantir a segurança
das delegações, segundo a Agência EFE.
Protestos
Protesto em Hamburgo durante a Cúpula do G20 |
O encontro acontece em meio a protestos, que ontem (6)
resultaram em 159 policiais feridos e 60 manifestantes presos. O protesto foi
realizado por jovens encapuzados, com o lema “Bem-vindos ao Inferno”. Hoje, a
polícia voltou a usar canhões de água para dispersar os que tentavam bloquear o
acesso à cúpula.
Também houve protestos em frente à residência em que
Donald Trump está hospedado, que impediram que sua esposa, Melania Trump,
pudesse sair do edifício. “Até agora, a polícia não nos deu um OK em relação à
segurança para podermos deixar a residência”, declarou um porta-voz da
primeira-dama, que participaria de um encontro de esposas e maridos dos
governantes.
Carta
do papa
O papa Francisco enviou hoje uma carta a Merkel, com uma
mensagem aos líderes que participam do G20, em que pede “soluções não traumáticas”
para a questão das migrações. “Lamentavelmente, o drama das migrações,
inseparável da pobreza e acentuado pelas guerras, é uma prova de que não
existem soluções imediatas e totalmente satisfatórias para os problemas
mundiais”.
Francisco também
pediu a redução dos níveis de conflito e do uso de armas. “É possível
implementar processos capazes de oferecer soluções progressivas e não
traumáticas que conduzam, em tempos relativamente breves, a uma livre
circulação e à estabilidade das pessoas, que sejam vantajosas para todos”,
afirmou na carta solicitada por Merkel no último encontro que tiveram, em junho.
FONTE: Agência Brasil.
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