Segundo dados do Ministério da Saúde, o nascimento de bebês prematuros
(antes das 37 semanas de gestação) equivale a 12,4% do total de partos
realizados no Brasil, o dobro do de países europeus.
O parto prematuro é a principal causa da mortalidade infantil antes dos
cinco anos e pode ser causado por fatores como diabetes durante a gestação ou
tabagismo da mãe.
Durante o lançamento de campanha que chama a atenção para os nascimentos
prematuros no país, realizada na Câmara dos Deputados, a diretora da Associação
Brasileira de Pais de Bebês Prematuros (Prematuridade), Denise Suguitani, pediu
apoio de parlamentares a propostas relacionadas ao assunto, como a concessão de
licença-maternidade maior para a mãe de bebê prematuro.
Está em tramitação a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 181/15, que
permite aumentar o período da licença-maternidade em caso de nascimento de bebê
prematuro, a contar da data de alta da criança da internação hospitalar. O
texto ainda aguarda análise de admissibilidade na Comissão de Constituição e
Justiça e de Cidadania da Câmara.
A deputada Carmen Zanotto (PPS-SC), que é enfermeira e apoiou a
realização da campanha na Câmara, lembrou que um bebê prematuro tem risco maior
de desenvolver deficiência auditiva e visual, cardiopatias e problemas
respiratórios e neurológicos. Daí a necessidade de acompanhamento durante a
gestação e pós-parto com estrutura hospitalar.
Denise Suguitani alertou para o fato de que o parto prematuro pode
acontecer sem dar sinais. Mas os sintomas podem incluir contrações, mudanças na
secreção vaginal, dor lombar e cólicas menstruais, entre outros.
“Se tiver alguma dor, alguma secreção diferente, procure atendimento. A
gente vai conseguir manejar e muitas vezes evitar que o bebê nasça antes de 37
semanas de gestação, quando ainda é considerado prematuro”, disse.
Outra proposta defendida por Denise Suguitani é o Projeto de Lei 742/15,
do Senado, que estabelece diretrizes gerais sobre a política de atenção à
prematuridade e ainda está em análise pelos senadores.
“O texto trata do atendimento à gestante de risco, estabelece o direito
dos pais à assistência psicológica durante a internação do bebê e ao
acompanhamento 24 horas”, destacou a diretora da Prematuridade..
Leia a proposta na íntegra: PL-742/2015
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