Levantamento do Ministério da Saúde, realizado em conjunto com os
municípios brasileiros, aponta que 855 cidades encontram-se em situação de
alerta e risco de surto de dengue, chikungunya e zika. Isso representa 37,4%
dos municípios pesquisados, enquanto que 62,8% dos municípios (1.429) estão em
situação satisfatória.
Os dados fazem parte do Levantamento Rápido de Índices para Aedes
aegypti (LIRAa) de 2016 divulgados pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros,
nesta quinta-feira (24). Na ocasião, também foi divulgada a campanha deste ano
para combate ao mosquito transmissor das três doenças. A nova campanha chama a
atenção para as consequências das doenças causadas pela chikungunya, zika e
dengue, além da importância de eliminar os focos do Aedes.
Das 22 capitais que o Ministério da Saúde recebeu informações sobre o
LIRAa, apenas Cuiabá (MT) está em situação de alto risco. São nove as capitais
em alerta - Aracajú (SE), Salvador (BA), Rio Branco (AC), Belém (PA), Boa Vista
(RR), Vitória (ES), Goiânia (GO), Recife (PE) e Manaus (AM); e 12 satisfatórias
– São Luiz (MA), Palmas (TO), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Teresina (PI),
Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Macapá (AP),
Florianópolis (SC), Campo Grande (MS) e Brasília (DF). O Ministério da Saúde
não recebeu informação sobre Maceió (AL), Porto Velho (RO) e Curitiba (PR).
As cidades de Natal (RN) e Porto Alegre (RS) adotam outro tipo de metodologia.
CRIADOUROS
Os depósitos de água, como toneis, tambores e caixas d’água, foi o
principal tipo de criadouro na região Nordeste e Sul. Já o depósito domiciliar,
categoria em que se enquadram vasos de plantas, garrafas, piscinas e calhas,
predominou na região Sudeste. Nas regiões Norte e Centro-Oeste, o lixo foi o
depósito com maior número de focos encontrados.
DENGUE
O Brasil registrou, até 22 de outubro, 1.458.355 casos de dengue. No
mesmo período de 2015, esse número era de 1.543.000 casos, o que representa uma
queda de 5,5%. Considerando as regiões do país, Sudeste e Nordeste apresentam
os maiores números de casos, com 848.587 casos e 322.067 casos,
respectivamente. Em seguida estão as regiões Centro-Oeste (177.644), Sul
(72.114) e Norte (37.943).
O novo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde apresenta 601
óbitos pela doença em 2016, contra 933 no mesmo período do ano anterior. Isso
representa uma redução de 35,6% dos óbitos por dengue no país.
CHIKUNGUNYA
No país, foram registrados 251.051 casos suspeitos de febre chikungunya,
sendo 134.910 confirmados. No mesmo período, no ano passado, eram 26.763 casos
suspeitos e 8.528 confirmados.
Ao todo, 138 óbitos registrados pela doença, nos estados de Pernambuco
(54), Paraíba (31), Rio Grande do Norte (19), Ceará (14), Bahia (5), Rio de
Janeiro (5), Maranhão (5), Alagoas (2), Piauí (1), Amapá (1) e Distrito Federal
(1). Os óbitos estão sendo investigados pelos estados e municípios mais
detalhadamente, para que seja possível determinar se há outros fatores
associados com a febre, como doenças prévias, comorbidades, uso de
medicamentos, entre outros. Atualmente, 2.281 municípios brasileiros já
registraram casos da doença.
ZIKA
Foram 208.867 casos prováveis de febre pelo vírus Zika em todo o país,
até o dia 22 de outubro, o que representa uma taxa de incidência de 102,2 casos
a cada 100 mil habitantes. Foram confirmados laboratorialmente, em 2016, três
óbitos por vírus Zika no país. Em relação às gestantes, foram registrados
16.696 casos prováveis em todo o país. A transmissão autóctone do vírus no país
foi confirmada a partir de abril de 2015, com a confirmação laboratorial na
Bahia. O Ministério da Saúde tornou compulsória a notificação dos casos de Zika
em fevereiro deste ano.
FONTE: Portal DeFato.
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