O Diabetes constitui-se em um dos mais sérios problemas de saúde na
atualidade, tanto em número de pessoas afetadas, incapacitações, mortalidade
prematura, como dos custos envolvidos no seu controle e no tratamento de suas
complicações. Além disso, a prevalência mundial da doença tem crescido com
proporções epidêmicas.
Segundo estimativas da Federação Internacional de Diabetes, existem
atualmente cerca de 285 milhões de diabéticos no planeta (6,4% da população
adulta) e esse número se elevará para, aproximadamente, 440 milhões até
2030.
A Endocrinologista da Unimed Mossoró, Dra. Izabel Pinheiro, concedeu uma
entrevista falando sobre esse assunto.
ENTREVISTA
O que é Diabetes?
É um grupo de doenças caracterizadas por hiperglicemia (aumento nos
níveis de glicose sanguínea), que ocorre por produção deficiente de
insulina, por resistência a sua ação ou por uma combinação das duas.
Quais
os tipos mais comuns de Diabetes e o que caracteriza cada tipo?
As formas mais comuns são o tipo 2, que responde por 85 a 90% dos casos,
o tipo 1 que corresponde a 5 a 10% e o diabetes gestacional, que acomete as
gestantes.
Quais
os sintomas da Diabetes?
Na maioria das vezes, o paciente não apresenta sintomas. Quando estão
presentes, os mais comuns são polidipsia (boca seca), poliúria (urina
excessiva) e perda de peso.
Há
um público específico que é mais propenso a ter Diabetes?
Sim. Pacientes obesos, hipertensos, tabagistas, com idade superior a 45
anos, com história prévia de pré-diabetes ou com história familiar de diabetes.
Como
é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é feito com glicemia de jejum maior ou igual a 126mg/dL ou
glicemia sem jejum maior ou igual a 200mg/dL (na presença de sintomas) ou
hemoglobina glicada maior ou igual a 6,5%.
É
possível evitar a Diabetes?
Sim, mantendo um estilo de vida saudável, incluindo exercícios físicos
por no mínimo 150minutos/semana, dieta equilibrada, com suspensão de tabagismo.
Diabetes
tem cura? Como é feito o tratamento?
O tratamento é baseado em três pilares: dieta pobre em carboidratos,
atividade física regular e medicamentos. Existem várias classes de medicamentos
disponíveis para o tratamento do diabetes, devendo haver individualização do
tratamento, baseado nos efeitos colaterais e contra-indicações de cada paciente.
O tratamento busca controle da doença e não cura. Mesmo nos casos
específicos que conseguimos manter o paciente sem medicamentos, nós evitamos
falar em "cura", visto que, se o paciente abandonar a dieta e a
atividade física, ele volta a descompensar.
Quais
as complicações que a Diabetes pode acarretar?
O paciente diabético deve fazer exames anuais para possíveis
complicações, como nefropatia diabética (podendo chegar à hemodiálise),
retinopatia diabética (podendo chegar à cegueira), neuropatia diabética (com
dormência ou dores em pernas e braços, com risco de amputações). Além disso, o
paciente diabético descompensado ao longo dos anos tem maior risco de infarto
agudo do miocárdio e AVC.
Maria
Izabel Pinheiro de Oliveira Lavor
Graduação
em Medicina pela Universidade Federal do Ceará.
Residência
Clínica Médica em Hospital Geral de Goiânia.
Residência
Endocrinologia em Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás.
Atua
como endocrinologista em Mossoró
Contato
Consultório: (84) 98188.8001
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