A vacina que pode prevenir
um dos tipos mais graves de câncer está sobrando nos postos de saúde. Nem
metade das meninas brasileiras se imunizaram contra o HPV. Apenas 43% receberam
a segunda dose da vacina.
Os pais até levam as filhas
para tomar a primeira dose. Nesse caso, a procura por vacinas chega a 70%. O
problema é que não voltam aos postos de saúde para que as meninas tomem a
segunda dose. O câncer de colo de útero é um dos de maior incidência em mulheres, e pode até matar.
O Instituto do Câncer,
INCA, estima que mais de 5 mil brasileiras devem perder a vida, só este ano,
vítimas da doença. Esse número pode diminuir muito nos próximos anos por causa
da vacina contra o vírus HPV, que está disponível nos postos do SUS de todo
país desde 2013 para meninas que têm entre 9 e 13 anos. Atualmente a vacina é
aplicada em duas doses, com intervalo de seis meses entre elas.
Até hoje, 5,3 milhões
meninas foram imunizadas, mas está sobrando vacina em muitos postos do país.
Este ano a procura pela vacina está bem abaixo do esperado. Até março, menos de
70% das meninas entre 9 e 13 anos apareceram para tomar a primeira dose. Agora
o retorno está ainda pior, menos de 50% das meninas voltaram para receber o
reforço.
Reações à vacina
O presidente da Sociedade
Brasileira de Oncologia Clínica explica que as reações à vacina contra o vírus
HPV são as mesmas de outras vacinas. Febre, dor no braço, normalmente sem
nenhuma consequência grave. “O número de reações alérgicas que se tem com essa
vacina é um número muito pequeno se comparado ao benefício que ela produz. Se a
gente não fizer o trabalho hoje, daqui a dez, 20, 30 anos, vai estar lidando com
o mesmo problema, perdendo milhares de vidas para o câncer de colo de útero no
Brasil”, afirmou Gustavo Fernandes, presidente da Associação.
Mais de 6 milhões de
meninas entre 9 e 13 anos não foram vacinadas ainda. O Ministério da Saúde
alerta que a imunização não substitui a realização do exame preventivo.
FONTE: Portal G1.
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