Ilustração mostra a estrutura do vírus da zika |
Uma candidata a vacina de zika feita com vírus vivo
atenuado foi eficaz em proteger camundongos contra a infecção associada
recentemente ao nascimento de bebês com microcefalia. Os resultados, publicados
na revista especializada “Nature Medicine” nesta segunda-feira (10), indicam
que a vacina é promissora e testes em humanos podem começar ainda este ano.
Como
foram os testes?
Os camundongos testados no estudo eram deficientes em uma
proteína chamada interferon, que atua na proteção do organismo contra infecções
virais. Eles eram, portanto, especialmente suscetíveis à infecção do vírus da
zika.
Em um dos testes realizados, os animais foram divididos
em dois grupos: um dos grupos recebeu o vírus selvagem da zika e o outro
recebeu o vírus vivo atenuado que constitui o candidato vacinal. Os animais do
primeiro grupo apresentaram alta carga viral e cerca de metade morreu. Já no
segundo grupo nenhum animal morreu.
Depois de 30 dias, os animais vacinados foram expostos ao
vírus selvagem e não apresentaram viremia, ou seja, a presença do vírus no
sangue. Isso indica que a vacina cumpriu sua missão de imunizar os animais.
Vantagens
e desvantagens
Já existem outras candidatas a vacina de zika em fases
mais avançadas de pesquisa, como a vacina de DNA do Instituto Nacional de
Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID), parte do NIH, que está
na segunda fase de testes em humanos.
Porém, segundo Vasconcelos, a vantagem da vacina de vírus
vivo atenuado é o fato de ela ser eficaz com apenas uma dose, enquanto outras
necessitam de até três doses para completarem a imunização. “Vacinas que têm
mais de uma dose são difíceis por causa da falta de adesão. É o que ocorre com
a vacinação contra HPV em adolescentes, por exemplo. Por isso neste caso se
optou pelo vírus vivo atenuado”, diz o diretor.
A desvantagem da vacina é que ela não poderá ser usada em
gestantes. O púbico-alvo deve incluir mulheres em idade fértil e crianças entre
8 e 10 anos, segundo Vasconcelos.
Atualmente, a vacina está sendo testada em macacos e os
experimentos devem ser concluídos até o início de maio.
FONTE: Portal G1.
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