Moradores de algumas regiões do estado de Nova York, nos
Estados Unidos, passaram a ter menos riscos de serem hospitalizados depois que
esses locais restringiram o uso de gorduras
trans, segundo um estudo publicado este mês na revista médica "JAMA
Cardiology".
A gordura trans eleva o colesterol ruim, reduz o
colesterol bom e aumenta o risco de infarto e AVC. Ela aparece naturalmente em
alguns alimentos, mas é encontrada com mais frequência em comidas processadas
para melhorar o sabor e a textura.
A cidade de Nova York limitou o uso de gordura trans em
julho de 2007. As restrições se aplicam a alimentos comprados fora dos
mercados, como em restaurantes, vendedores ambulantes e padarias, nas cinco
regiões da cidade. Outras regiões do estado adotaram medidas similares
posteriormente.
Pesquisas anteriores mostraram que mortes por doenças
cardiovasculares caíram 4,5% em um ano depois que essas áreas implementaram as
restrições sobre a gordura trans, afirmam os pesquisadores no artigo. Mas
nenhum estudo havia avaliado os eventos cardiovasculares não-fatais.
Para o novo estudo, os pesquisadores compararam
informações de pessoas hospitalizadas entre 2002 e 2013 por infarto e AVC em
regiões que passaram a ter leis restringindo a gordura trans e em regiões sem
leis do tipo.
Ao todo, eles reuniram dados de 3,3 milhões de pessoas de
25 condados sem restrições à gordura trans e de 8,4 milhões de pessoas de 11
condados com restrições.
Em 2006, houve 753 entradas em hospitais por infarto ou
AVC a cada 100 mil pessoas em condados que não tinham restrições à gordura
nociva. No mesmo ano, houve 726 entradas em hospitais por 100 mil habitantes em
condados que implementaram as restrições.
Depois de três anos, o índice de hospitalizações por
infarto ou AVC foi 6% menor nos condados com regulações contra a gordura.
"Tem havido
muitas pesquisas para descobrir se as gorduras trans são maléficas", disse
Brandt. "Aqui, encontramos que quando restringimos essas gorduras, isso
beneficia a sociedade ao reduzir infartos e AVCs."
FONTE: Portal G1.
Nenhum comentário:
Postar um comentário