Após treze meses consecutivos de alta, o indicador
Expectativa de Inflação dos Consumidores fechou março com queda de 0,3 ponto
percentual em relação a fevereiro. Segundo divulgou hoje (28) o Instituto
Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio
Vargas (FGV/Ibre), a inflação mediana prevista pelos consumidores brasileiros
para os 12 meses seguintes recuou de 11,4% para 11,1%, de fevereiro para março.
Apesar da primeira queda do indicador, a inflação
projetada pelos consumidores ainda é a terceira maior desde 2005. Na avaliação
da economista da FGV, Viviane Seda Bittencourt,
as projeções de queda previstas pelos consumidores “podem ter sido
influenciadas pela observação da evolução atual da inflação, com desaceleração
de altas em itens do grupo habitação, no preço da gasolina e em serviços de
telefonia fixa e internet, associadas a uma possível desaceleração de preços
administrados em 2016”.
Para ela, no entanto, apesar da ligeira desaceleração
das expectativas de inflação dos consumidores, o patamar “mantém-se alto em
termos históricos, em torno de 11%”.
Queda
O intervalo entre 10% e 12% continua sendo o mais
citado pelos consumidores, mas a FGV ressalta que “houve redução da frequência
de citações nesta faixa, de 33,7% do total em fevereiro para 31,3% em março".
As previsões de projeção de inflação para os 12 meses
seguintes vão diminuindo conforme o aumento da renda. Para os que ganham entre
R$ 4,8 mil e R$ 9,6 mil, as projeções apontam inflação de 10,9% para os próximos
doze meses, contra 11,3% dos cálculos de fevereiro. Já para os ganham acima de
R$ 9,6 mil, as previsões caíram dos 11% de fevereiro para 10,6% de março:
redução de 0,4 ponto percentual.
Em fevereiro do ano passado, a previsão mediana da
taxa de inflação para os doze meses seguintes era de 7,9%, mas já em agosto de
2015 essas mesmas projeções já indicavam uma expectativa de inflação de 10%,
percentual que se repetiu em setembro, outubro e novembro, mantendo-se, a
partir daí, sempre acima de dois dígitos. A maior projeção ocorreu em fevereiro
último: 11,4%.
A Sondagem do Consumidor da FGV coleta mensalmente
informações de mais de 2.100 brasileiros em sete das principais capitais do
país (Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador,
Brasília e Recife).
FONTE: Portal No Minuto
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