A obesidade nas crianças menores de cinco anos atingiu taxas
"alarmantes" e tornou-se "um pesadelo explosivo" nos países
em desenvolvimento, alertou a Organização Mundial de Saúde.
O alerta foi feito ontem
(25)
pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e tem particular
incidência na África, onde a taxa de obesidade infantil duplicou
desde 1990.
Um relatório da comissão sobre o fim da obesidade
infantil, da OMS, sublinha que durante muito tempo o fenômeno
não foi visto como uma questão de saúde importante, sendo considerado por
alguns como o resultado de um comportamento escolhido no seio da família.
Através de um inquérito, realizado durante dois anos
em mais de 100 países, os autores concluíram que os governos e as políticas de
saúde pública são fundamentais para travar a epidemia. "Qual é a principal
mensagem? É que não é culpa das crianças",
declarou à imprensa Peter Gluckman, co-presidente da comissão.
Entre as causas do agravamento da epidemia, que exige
uma resposta global coordenada, estão fatores biológicos, uma diminuição da
atividade física nas escolas e a falta de regulamentação do comércio dos
produtos que engordam, indica o relatório.
Se nada for feito, "a epidemia de obesidade pode
reduzir muitos dos benefícios em matéria de saúde que contribuíram para o
aumento da longevidade", alertou a comissão. O estudo assinala que,
"até à data, os progressos na luta contra a obesidade infantil têm sido
lentos e inconsistentes".
As recomendações no relatório são as do
senso comum, como a promoção de bons hábitos alimentares, o
exercício físico e o acompanhamento psicológico dos jovens obesos.
FONTE: Jornal de Notícias.
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