O Ministério da Saúde distribuirá 500 mil testes para realizar o
diagnóstico de PCR (biologia molecular) para o vírus Zika. Com isso, os
laboratórios públicos ampliarão em 20 vezes a capacidade dos exames, passando
de mil para 20 mil diagnósticos mensais.
As primeiras 250 mil unidades serão entregues em fevereiro, inicialmente
para 27 laboratórios, sendo quatro de referência e 23 Laboratórios Centrais de
Saúde Pública (LACEN). A previsão é que os outros 250 mil testes estejam
disponíveis a partir do segundo semestre. No total, o Ministério da Saúde
investiu R$ 6 milhões para a aquisição dos produtos.
Além deste quantitativo, também serão adquiridos outros 500 mil testes
nacionais de biologia molecular, produzidos pela Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz) para diagnóstico de dengue, Zika e chikungunya. Chamado de Kit NAT
Discriminatório para dengue, Zika e chikungunya, o procedimento permite
realizar a identificação simultânea do material genético para os três vírus,
evitando a necessidade de três testes separados. A novidade garantirá maior
agilidade para o diagnóstico realizado na rede de laboratórios do Ministério da
Saúde, além de reduzir os custos e permitir a substituição de insumos
estrangeiros por um produto nacional.
A recomendação do Ministério de Saúde, conforme Protocolo de Vigilância
e Resposta à Ocorrência de Microcefalia, é que sejam priorizadas, para a
realização do teste, mulheres grávidas com sintomas do vírus Zika, gestantes
com bebê microcefálico, além de recém-nascidos com suspeita de microcefalia.
BOLETIM – O novo informe epidemiológico divulgado ontem (20) pelo Ministério da
Saúde indica 3.893 casos suspeitos de microcefalia. As notificações foram
registradas até 16 de janeiro e ocorreram em 764 municípios de 21 unidades da
federação. O boletim aponta o detalhamento dos casos confirmados e descartados.
Do total notificado, 224 tiveram confirmação de microcefalia, 6 confirmaram a
relação com o vírus Zika e outros 282 foram descartados. Continuam em
investigação 3.381 casos suspeitos de microcefalia.
No total, foram notificados 49 óbitos por malformação congênita. Destes,
cinco foram confirmados para a relação com o vírus Zika, todos na região
Nordeste, sendo um no Ceará e quatro no Rio Grande do Norte.
De acordo o informe, o estado de Pernambuco continua com o maior número
de casos suspeitos (1.306), o que representa 33% do total registrado em todo o
país. Em seguida, estão os estados da Paraíba (665), Bahia (496), Ceará (216),
Rio Grande do Norte (188), Sergipe (164), Alagoas (158), Mato Grosso (134) e Rio
de Janeiro (122).
ORIENTAÇÃO – O Ministério
da Saúde orienta as gestantes adotarem medidas que possam reduzir a presença de
mosquitos transmissores de doença, com a eliminação de criadouros, e
proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou
teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos
para gestantes.
FONTE:
Portal No Minuto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário