Pesquisadores da Universidade de São
Paulo (USP) em São Carlos (SP) e da Universidade do Piauí
descobriram uma maneira de utilizar o jaborandi, planta muito utilizada na
indústria de cosméticos, no tratamento da esquistossomose.
A doença do caramujo, como também é
conhecida, é a verminose que mais mata no mundo e o parasita, o Shistossoma
Mansoni, é comum em várias regiões do país, inclusive no Estado de São Paulo,
onde foram confirmados 87 casos da doença no ano passado. Em 2015, já foram 36
confirmações até o momento.
A esquistossomose tem larvas que crescem
na lesma. Depois vão para a água dos lagos, por exemplo, e podem viver dessa
forma por dias, até contaminar o ser humano.
“Logo de imediato o indivíduo sente
muita coceira na perna onde as larvinhas entraram, depois vai perdendo o
apetite, peso, sentindo fraqueza e períodos de diarréia. À medida que o tempo
passa, os ovos dessas larvas que crescem no corpo vão se depositando no fígado,
causando a cirrose. E como conseqüência da cirrose, a pessoa pode passar a
vomitar sangue, o que leva a óbito”, explicou o médico sanitarista Rodolpho
Telarolli.
O jaborandi, um arbusto comum, pode
revolucionar o tratamento da doença. O estudo foi uma parceria entre
pesquisadores dos institutos de Física e Química da USP de São Carlos e da
Universidade Federal do Piauí. Depois de dois anos de trabalho, veio a
confirmação de que a uma substância encontrada em grande quantidade na planta é
muito eficiente no combate ao shistossoma.
Novo remédio
Atualmente, o tratamento da
esquistossomose é feito com um remédio que só mata o verme adulto. A vantagem
dessa nova substância é a eficácia em qualquer fase da vida do parasita.
O resultado de testes feitos em
camundongos foi muito positivo e a expectativa é de que, em breve, a substância
seja utilizada em remédios.
FONTE: G1
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