segunda-feira, 13 de julho de 2015

Pesquisadores criam remédio contra esquistossomose usando jaborandi

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos (SP) e da Universidade do Piauí descobriram uma maneira de utilizar o jaborandi, planta muito utilizada na indústria de cosméticos, no tratamento da esquistossomose.

A doença do caramujo, como também é conhecida, é a verminose que mais mata no mundo e o parasita, o Shistossoma Mansoni, é comum em várias regiões do país, inclusive no Estado de São Paulo, onde foram confirmados 87 casos da doença no ano passado. Em 2015, já foram 36 confirmações até o momento.

A esquistossomose tem larvas que crescem na lesma. Depois vão para a água dos lagos, por exemplo, e podem viver dessa forma por dias, até contaminar o ser humano.

“Logo de imediato o indivíduo sente muita coceira na perna onde as larvinhas entraram, depois vai perdendo o apetite, peso, sentindo fraqueza e períodos de diarréia. À medida que o tempo passa, os ovos dessas larvas que crescem no corpo vão se depositando no fígado, causando a cirrose. E como conseqüência da cirrose, a pessoa pode passar a vomitar sangue, o que leva a óbito”, explicou o médico sanitarista Rodolpho Telarolli.

O jaborandi, um arbusto comum, pode revolucionar o tratamento da doença. O estudo foi uma parceria entre pesquisadores dos institutos de Física e Química da USP de São Carlos e da Universidade Federal do Piauí. Depois de dois anos de trabalho, veio a confirmação de que a uma substância encontrada em grande quantidade na planta é muito eficiente no combate ao shistossoma.

Novo remédio

Atualmente, o tratamento da esquistossomose é feito com um remédio que só mata o verme adulto. A vantagem dessa nova substância é a eficácia em qualquer fase da vida do parasita.

O resultado de testes feitos em camundongos foi muito positivo e a expectativa é de que, em breve, a substância seja utilizada em remédios.


FONTE: G1

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