No mundo, o número de novas
infecções por HIV diminuiu 35,5% entre 2000 e 2014. É o que diz o novo
relatório da Unaids, programa conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids,
divulgado hoje.
Se em 2000, a estimativa de
novas infecções no mundo foi de 3,1 milhões, em 2014, essa estimativa baixou
para 2 milhões.
Com o título “Como a Aids mudou tudo”, o relatório
destaca que o mundo conseguiu atingir a meta – que faz parte dos Objetivos do
Milênio estabelecidos pela ONU em 2000 – de tratar 15 milhões de pessoas com
HIV até o ano de 2015.
O número foi atingido em março deste ano e corresponde
a 41% de todos os adultos vivendo com HIV. Ao todo, 36,9 milhões de pessoas
vivem com HIV no mundo, segundo o documento.
Aumento
de novos casos no Brasil
Já no Brasil, os novos casos
aumentaram no mesmo período. Em 2000, estimava-se que o número de novos casos
de HIV estava entre 29 mil e 51 mil. Em 2014, estimou-se entre 31 mil e 57 mil
novos casos.
Apesar do aumento de novos
casos no Brasil, entre as crianças brasileiras (de 0 a 14 anos), houve uma
queda. Se em 2000 o número de crianças infectadas estava entre 2 mil e 3 mil,
em 2014, a estimativa é que esse número tenha ficado entre 500 e 1,1 mil.
O relatório também cita o papel de destaque do país no
combate à Aids no mundo. “O Brasil colaborou e muito para atingir essa meta [de
tratar 15 milhões]. Não só em nível nacional, colocando bastante gente cedo em
tratamento, mas contribuindo para baixar os preços dos medicamentos. Ao lado da
Tailândia, o Brasil começou a produzir o tratamento genérico e demonstrou para
o mundo que era possível”, diz Georgiana Braga-Orillard,
diretora do Unaids no Brasil.
Fim
da epidemia em 2030
O relatório estabelece
novas metas que têm como objetivo acabar com a epidemia de HIV em 2030.
Elas propõem que, em 2020,
90% das pessoas infectadas sejam diagnosticadas. Dentro desse grupo, que 90%
recebam tratamento com antirretrovirais. E que, finalmente, 90% das pessoas em
tratamento tenham carga viral zerada.
Para 2030, a meta é acabar com a epidemia de Aids.
Isso não significa eliminar todos os casos de infecção, mas que ela passe a ser
uma doença controlada.
FONTE: G1.
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