O médico americano Farid Fata, chamado
por alguns de "Doutor Morte", foi condenado ontem, 10, a 45 anos de
prisão, por ter submetido mais de 500 pessoas a tratamentos de quimioterapia sem
necessidade. Muitos dos pacientes carregam sequelas.
A sentença foi proferida pelo juiz
Paul Borman, em um tribunal de Detroit, nos Estados Unidos.
A pena foi
maior do que os 25 anos em que a defesa preconizava, mas bem abaixo do máximo
de 175 anos solicitada pela acusação. O juiz chamou a ação de Fata de
"terrível e sem precedentes" e disse que o médico abusou da confiança
dos pacientes para maximizar o lucro.
O procedimento foi realizado em pelo
menos 550 pessoas e acumulou US$ 34,7 milhões em pagamentos. O médico já
concordou em devolver US$ 17.600.
Antes do
anúncio, o advogado de Fata argumentou que uma sentença de mais de 25 anos
resultaria na morte do médico, que sofre e diabetes e hipertensão, e pediu que
ele "visse a luz do dia antes de ser preso."
No dia
anterior, o médico já havia pedido misericórdia por seus erros e havia dito que
"não poderia trazer o passado de volta".
FONTE: Uol
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