O consumo de manteiga
enriquecida com um tipo especial de ácido graxo extraído do leite ajuda no
tratamento de pacientes na fase inicial do Alzheimer, indicaram pesquisadores
brasileiros em um experimento realizado com ratos de laboratório.
As provas demonstraram que
uma dieta rica nessa manteiga modificada aumenta a atividade de uma enzima
vinculada à memória e reduz os danos provocados pela doença nesta função,
segundo um comunicado da Universidade de São Paulo (USP), responsável pela pesquisa.
Os resultados do projeto,
conduzido pelos pesquisadores do Instituto de Psiquiatria do Hospital das
Clínicas da USP, foram destacados na última edição da revista científica
internacional "Journal of Neural Transmission".
Metabolismo alterado
De acordo com os responsáveis pelo projeto, a enzima atua diretamente sobre as gorduras que constituem as membranas celulares, que, entre outras funções, ajudam na formação da memória.
Em pacientes saudáveis
estas membranas são flexíveis e se renovam periodicamente, mas nos portadores
de Alzheimer são rígidas, o que dificulta a liberação dos ácidos graxos, além
de não serem substituídas na mesma velocidade.
"Vimos que a ação
desta enzima é alterada nos pacientes com Alzheimer, por isso começamos a
analisar como poderíamos alterar o metabolismo da fosfolipase A2 nestes
pacientes", explicou a chefe do Laboratório de Neurociências da USP, Leda
Talib, que coordenou o projeto.
Público propício a desenvolver a doença
O Alzheimer ataca o cérebro "silenciosamente" por mais
de uma década antes que os sintomas surjam.
Geralmente, a doença
pode apresentar sintomas a partir dos 65 anos. Idosos com idade a partir de 75
anos fazem parte do grupo de pessoas que mais podem ser afetadas pela doença.
Pessoas que tiveram
depressão ao longo da vida correm um risco maior de desenvolver Alzheimer
quando mais velhos. Diabéticos também têm mais chance de serem afetados,
principalmente pacientes com diabetes tipo 2.
FONTE: G1
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