A geração de lixo no Brasil reduziu 2,04% em 2016 na
comparação com 2015, segundo panorama divulgado hoje (31) pela Associação
Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).
Foram gerados 78,3 milhões de toneladas de resíduos sólidos no ano passado.
Carlos Silva Filho, presidente da Abrelpe, não atribuiu a
redução do lixo à conscientização ambiental da população, mas à crise. “É a
primeira vez que temos decréscimo de resíduos sólidos no Brasil desde 2003,
fruto da crise econômica, que afetou diretamente o poder de compra da população
e trouxe, como consequência, o menor descarte de resíduos sólidos.”
Outro aspecto negativo atribuído à recessão econômica foi
o aumento do uso de lixões, com 2.976 ainda presentes em todo o país. Tiveram
destinação inadequada, em 2016, 81 mil toneladas de lixo. O uso de lixões a céu
aberto cresceu de 17,2% em 2015 para 17,4% no ano passado.
Segundo o panorama, 96 milhões de pessoas terão a saúde
afetada por contaminação dos lixões. “São doenças como alergias, infecções
estomacais, doenças causadas por vetores que se proliferam no lixo como dengue,
zika, chikungunya, câncer, pressão arterial. Bastante preocupante.”
A coleta seletiva no Brasil estava presente em 69,3% em
2015, e registrou ligeiro aumento em 2016, passando a 69,6%. Entre as regiões
brasileiras, o Sul foi o que mais implementou coleta seletiva (89,8%), seguido
pelo Sudeste (87,2%), Norte (58,4%), Nordeste (49,6%) e Contro-Oeste (43,3%).
FONTE: Agência Brasil.
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