A indústria farmacêutica no Brasil alcançou um
faturamento total de R$ 63,5 bilhões em 2016, com a venda de 4,5 bilhões de
embalagens de produtos vendidos, de 214 fabricantes. Os dados são do Anuário
Estatístico do Mercado Farmacêutico 2016, lançado hoje (14) pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Medicamentos usados no tratamento de doenças
cardiovasculares lideraram a lista de mais vendidos pela indústria farmacêutica
em 2016. No total, foram 694 milhões de embalagens comercializadas, o que
corresponde a 15,3% dos produtos distribuídos. O faturamento chegou a R$ 5,7
bilhões, ou 9% do volume de vendas registrado.
Segundo o diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa
Barbosa, isso se deve a uma mudança no perfil demográfico e epidemiológico do
brasileiro. “Com o envelhecimento da população, com a expectativa de vida
aumentando, as doenças crônicas têm um peso maior, tanto em quantidade quanto
em faturamento. Isso é uma tendência que vai persistir. Quarenta anos atrás,
seguramente, os antibióticos deviam ser os mais vendidos”, explicou o
diretor-presidente da Anvisa.
O grupo de medicamentos destinados ao tratamento de
doenças do sistema nervoso central ficou em segundo lugar, em termos de
quantidade comercializada. Foram 649,8 milhões (14,4%) de embalagens
distribuídas. Quanto ao faturamento, este foi o maior da indústria farmacêutica
em 2016, com R$ 9,2 bilhões, ou 14,6% do total.
A Anvisa também destaca a grande participação no mercado
de medicamentos para doenças do aparelho digestivo e metabolismo, com 603,4
milhões (13,3%) embalagens vendidas pelos fabricantes, com faturamento de R$
8,2 bilhões (13% do faturamento do setor).
Os medicamentos para tratamento de vários tipos de
câncer, embora tenham menor participação em termos de quantidade distribuída
(40,9 milhões de embalagens), representam um dos maiores faturamentos da
indústria farmacêutica, por causa do preço elevado desses produtos. As vendas
chegaram a R$ 8,3 bilhões, o que corresponde a 13,2% do total faturado.
Medicamentos
genéricos
Os medicamentos genéricos foram os mais comercializados
pela indústria farmacêutica no Brasil. Das 4,5 bilhões de embalagens
distribuídas, 1,46 bilhão foram de genéricos, o que representou 32,4% do total
de vendas.
Em segundo lugar, em
termos de quantidade, ficaram os remédios similares, com 1,42 bilhão de
embalagens (31,5%). E, em terceiro, os medicamentos novos, com 925,71 milhões,
ou 20,5% do total vendido.
FONTE: Agência Brasil.
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