Após a Operação
Carne Fraca, que apontou fiscalização irregular de frigoríficos no Brasil,
alguns países importadores anunciaram restrições temporárias à entrada de carne
brasileira, entre eles a União Europeia, Coreia do Sul e China. Estes 3 países
juntos responderam por 27% das exportações brasileiras de carne em 2016.
UE: pediu
que o Brasil suspenda a exportação de empresas envolvidas
CHINA: carnes
brasileiras estão retidas nos portos
COREIA
DO SUL: baniu frangos da BRF; empresa diz que não foi notificada
CHILE: suspendeu
temporariamente a importação da carne bovina.
O governo brasileiro trabalha para que as restrições fiquem restritas
somente às 21 unidades investigadas, e não a todas exportadoras. Durante um
evento em São Paulo nesta segunda-feira (20), o presidente Michel Temer afirmou
que o agronegócio
não pode ser desvalorizado por um "pequeno núcleo".
Segundo o presidente, 6 das 21 unidades suspeitas de fraudes exportaram
nos últimos 60 dias. Em uma tentativa de tranquilizar os países importadores,
Temer reuniu embaixadores para jantar
em uma churrascaria de Brasília, no domingo.
Entre as investigadas, 5
unidades já foram suspensas de forma preventiva, informaram associações
do setor. Quatro delas estão impedidas de exportar para a União Europeia e uma
para Hong Kong. As unidades fechadas não podem operar nem no mercado interno.
O Brasil é o segundo maior produtor de carne bovina do mundo e o maior
exportador. O setor vendeu para mais de 150 países no ano passado e agora se
preocupa com os impactos negativos do esquema de venda de carne supostamente
adulterada.
Sobre a Operação
A Operação
Carne Fraca foi deflagrada na última sexta-feira (17), com mais de 1
mil policiais envolvidos para cumprir 309 mandados, depois de 2 anos de
investigações. No total, são 21 empresas são suspeitas de fraudes.
A ação envolve grandes como a BRF Brasil, que controla marcas como Sadia
e Perdigão, e também a JBS, que detém Friboi, Seara, Swift, entre outras
marcas, mas também frigoríficos menores, como Mastercarnes e Peccin, do Paraná.
As empresas
negam irregularidades.
FONTE: Portal G1.
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