O Instituto Evandro Chagas (IEC), do Pará, já confirmou
este ano a infecção por vírus da febre amarela em macacos de seis estados
brasileiros: Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará e Roraima. O
vírus sempre circula naturalmente entre os macacos nas florestas brasileiras,
mas atualmente essa questão tem chamado a atenção porque tem havido um aumento
dos casos da doença entre humanos.
Só em 2017, o IEC já recebeu 76 macacos para investigação
de febre amarela. Nem todos já tiveram a análise concluída. Ao longo de todo o
ano de 2016, o órgão recebeu 268 macacos, entre os quais receberam diagnósticos
positivos para febre amarela animais provenientes de Goiás e Minas Gerais.
O IEC, vinculado à Secretaria de Vigilância em Saúde do
Ministério da Saúde, é o Laboratório de Referência Nacional para investigação
de febre amarela e outras arboviroses no Brasil.
Dados
recentes
Segundo o boletim mais recente do Ministério da Saúde
sobre febre amarela, foram confirmados ao todo 386 casos de febre amarela em
macacos até 13 de março em todo o país.
Desde o início do atual surto, em dezembro, o Brasil já confirmou
424 casos de febre amarela em humanos em Minas Gerais, Espírito Santo,
São Paulo e Rio de Janeiro.
Macacos
não transmitem para humanos
O biólogo Horácio Teles, do Conselho Regional de
Biologia, explica que o vírus da febre amarela circula naturalmente entre os
macacos nas florestas brasileiras, de forma mais intensa no norte do país. Em
alguns momentos, as populações de macacos resistentes ao vírus diminuem,
passando a predominar as populações vulneráveis. É então que os macacos começam
a morrer, o que é sinal do aumento do risco para ocorrência em humanos em
regiões próximas às matas.
FONTE: Portal G1.
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