A Comissão de Cooperativismo Médico do Conselho Federal
de Medicina (CFM) se reuniu na última terça-feira, 21 de março, em Brasília,
para debater medidas a serem tomadas no combate às más práticas médicas
relacionadas ao uso de órteses, próteses e materiais especiais (OPMEs).
Representando a Unimed do Brasil, estiveram José Abel
Ximenes, superintendente Político-Institucional da Confederação, e Alexandre
Bley, presidente da Unimed Curitiba. Também participaram o presidente do CFM,
Carlos Vital, e Hiran Gallo, coordenador da Comissão, além de demais
representantes do Sistema Unimed, Ministério Público (MP), Associação Médica
Brasileira (AMB) e Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Na abertura da reunião, Vital ressaltou que os conselhos
de medicina têm fiscalizado e punido médicos por prescrições desnecessárias de
OPMEs e que a Resolução CFM 1.956/10 proíbe o profissional de exigir marca ou
fornecedor exclusivos. “Essa sempre foi uma preocupação nossa, antes mesmo de
denúncias na imprensa”, afirmou.
Hiran Gallo defendeu a precificação das OPMEs.
“Entendemos que essa seria uma forma de evitar a prática de preços extorsivos,
coibindo eventuais abusos”, comentou. Alexandre Bley argumentou que, além das
implicações econômicas, o que mais preocupa são os efeitos sobre a saúde dos
pacientes.
A judicialização foi outro assunto discutido. Membros do
Ministério Público solicitaram a ajuda do CFM em decisões de magistrados
envolvendo o uso de órteses, próteses e materiais especiais.
José Abel Ximenes, ao encerrar sua participação na
Comissão como representante da Unimed do Brasil, deixou alguns apontamentos
que, segundo ele, merecem atenção, como a institucionalização da corrupção nos
poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em todas as esferas de governo
(federal, estadual e municipal) e setores de atividades político-partidárias e
econômicas.
“Vejo as ações de
nossas entidades representativas como imprescindíveis no combate aos desvios de
condutas de médicos e instituições da área de saúde, mas, infelizmente,
limitadas e insuficientes. Para problemas complexos, exigem-se soluções
complexas. Precisamos de uma força-tarefa interinstitucional e multidisciplinar
bem articulada, bem assessorada e com um comando único e centralizado coordenando
todo o processo de combate à corrupção. É preciso também garantir a
participação efetiva de representação dos mais interessados e objeto de nossa
atenção que é população brasileira”, destacou.
FONTE: Unimed Brasil.
FONTE: Unimed Brasil.
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