A queda de 4,3% no volume de vendas do comércio varejista em 2015 foi a
maior desde o início da série histórica, em 2001, da Pesquisa Mensal de
Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa
também foi a primeira vez que um ano fechou em queda, desde 2003.
“O comércio varejista reflete o consumo das famílias. Todos os fatores
que inibem o consumo das famílias têm um impacto direto no volume de vendas. É
uma combinação de enfraquecimento do mercado de trabalho, com a redução da
renda real, a confiança do consumidor, a pressão inflacionária, que vem
evoluindo principalmente no grupamento de alimentos e combustíveis e a elevação
da taxa de juros, que inibe a compra de bens duráveis”, disse a pesquisadora do
IBGE, Isabella Nunes.
Os principais impactos para a queda de 4,3% vieram dos segmentos de
móveis e eletrodomésticos (-14%), supermercados, alimentos, bebidas e fumo
(-2,5%), tecidos, vestuários e calçados (-8,7%) e combustíveis e lubrificantes
(-6,2%).
Entre os oito segmentos pesquisados, apenas um teve crescimento no
volume de vendas: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria
(3%). Considerando-se também os dois segmentos que misturam atacado e varejo (e
compõem o chamado varejo ampliado), a maior queda veio dos veículos, motos,
partes e peças: 17,8%. Os materiais de construção tiveram recuo de 8,4%.
FONTE: Portal No Minuto.
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