O governo publicou hoje (1º)
medida provisória (MP) que permite o
ingresso forçado de agentes de saúde em imóveis públicos e particulares
abandonados para ações de combate ao Aedes aegypti, transmissor
da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika.
O texto autoriza ainda a entrada do agente público em casas onde o
proprietário não esteja para garantir o acesso e quando isso se mostre
“essencial para contenção de doenças”. O agente poderá, nestes casos, solicitar
auxílio de autoridade policial.
A MP estabelece como imóvel abandonado aquele com flagrante ausência prolongada de utilização, situação que pode ser verificada por características físicas do imóvel, por sinais de inexistência de conservação, pelo relato de moradores da área ou por outros indícios.
Já a ausência de pessoa que permita o acesso do agente de saúde ao
imóvel fica caracterizada, conforme o texto, pela impossibilidade de
localização de alguém que autorize a entrada após duas visitas devidamente
notificadas, em dias e períodos alternados, dentro do intervalo de dez dias.
Dados do Ministério da Saúde divulgados na última sexta-feira (29)
apontam que, até o momento, 10,9 milhões de domicílios foram vistoriados por
agentes de saúde e por militares das Forças Armadas para combate ao Aedes
aegypti – o que representa 22% dos 49,2 milhões de imóveis previstos.
O relatório contabiliza 3.183 municípios visitados de um total de 5.570
definidos para serem visitados por equipes em todo o país.
Ainda segundo a pasta, durante as vistorias, foram identificados 355 mil imóveis com focos do mosquito (3,25% do total). A meta do governo é reduzir o índice de infestação para menos de 1% do total de domicílios.
Houve a recusa de acesso a 45.719 imóveis. Cerca 2,7 milhões de
domicílios estavam fechados no momento da visita.
Desde dezembro, 266 mil agentes comunitários de saúde reforçam o combate
ao Aedes aegypti nas residências. Eles se juntaram aos
6.188 profissionais das equipes de Atenção Domiciliar e aos 46 mil agentes de
combate às endemias que já realizam o serviço na comunidade. Além disso, 3,2
mil militares das Forças Armadas reforçam, em 19 estados, as ações de
eliminação dos focos do mosquito da dengue.
FONTE:
Portal No Minuto.
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