sexta-feira, 11 de março de 2016

Casos de Sífilis aumentam mais de 300% em cinco anos no RN

O número de casos de sífilis aumentou 383% nos últimos cinco anos no Rio Grande do Norte. A informação é da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), que mostra o crescimento de 136 casos notificados em 2011, para 657 em 2015.


De acordo com a Sesap, a região da Grande Natal concentra a maioria dos casos, com um registro de 920 notificações, seguida pelo município de Mossoró, também com grande número de casos.

Para João Bosco, subcoordenador de ações da saúde da Sesap, o aumento número de casos está relacionado diretamente a dois fatores. O primeiro deles, diz respeito a certo relaxamento da população com relação aos cuidados e à prevenção.

“As condições de tratamento atuais que permitem que a pessoas infectadas vivam de maneira natural, acabaram fazendo com que muita gente perdesse aquele medo das doenças sexualmente transmissíveis”, diz o coordenador , lembrando que a Sífilis é uma doença que requer cuidado e atenção.

Outro fator segundo João Bosco, foi a baixa produção da penicilina benzatina, substância utilizada na produção da benzetacil, medicamento utilizado no tratamento da doença.

O coordenador da Sesap explica que o tratamento é simples e barato. Segundo ele, consiste em um ciclo de duas aplicações do medicamento a cada sete dias. “Após este período, a pessoa está completamente recuperada”, afirmou.

Subnotificações
Para o coordenador da Sesap, os números divulgados podem não corresponder à realidade. Segundo ele, os números podem ser ainda maiores devido às subnotificações.
Ele explica que nem todos os casos chegam às estatísticas, na maioria das vezes pelo preconceito que as doenças sexualmente transmissíveis ainda carregam.
“Muitas dessas pessoas procuram clínicas particulares ou mesmo fazem tudo de forma a não chamar atenção para não se expor por medo do julgamento que as pessoas poderão fazer”, comentou.
Sinais e sintomas
Os primeiros sintomas da doença são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas (ínguas), que surgem entre a 7 e 20 dias após o sexo desprotegido com alguém infectado. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Mesmo sem tratamento, essas feridas podem desaparecer sem deixar cicatriz. Mas a pessoa continua doente e a doença se desenvolve. Ao alcançar certo estágio, podem surgir manchas em várias partes do corpo (inclusive mãos e pés) e queda dos cabelos.
Após algum tempo, que varia de pessoa para pessoa, as manchas também desaparecem, dando a ideia de melhora. A doença pode ficar sem apresentar sintomas por meses ou anos, até o momento em que surgem complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos, podendo, inclusive, levar à morte.
FONTE: Portal No Ar.

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