O Ministério da Saúde firmou uma parceria com o Instituto Butantan para
fornecer uma verba de R$ 54 milhões que deverá ser aplicada na modernização das
fábricas do instituto que produzem vacinas contra difteria, tétano, coqueluche
(pertussis) e hepatite B.
A produção dessas vacinas estava interrompida desde o
final de 2012 por causa da necessidade de readequações das fábricas às novas
exigências de Boas Práticas de Fabricação pela Anvisa, estabelecidas em 2010.
Com as obras de readequação, o instituto deve retomar a
produção de quatro vacinas: de difteria e tétano adulto (dT); difteria e tétano
infantil (DT); difteria, tétano e pertussis (DTP) e hepatite B.
Desenvolvimento
de novas vacinas
Além de retomar a produção de vacinas já existentes, a
parceria também vai permitir a produção de doses para testes em humanos de uma
vacina inédita desenvolvida pelo Butantan: a vacina de coqueluche celular de
baixa toxicidade, que vem sendo chamada de pertussis low.
Hoje existem dois tipos de vacina contra coqueluche:
celular e acelular. No Brasil, crianças recebem a acelular, que tem menos
efeitos colaterais, e adultos recebem a celular. A Europa usa a versão acelular
também para adultos. Mas ela tem se mostrado ineficaz a longo prazo.
O diretor do Instituto Butantan, Jorge Kalil, explica que
a vacina atualmente em desenvolvimento será tão eficaz quanto a vacina celular
hoje disponível, mas terá menos efeitos colaterais associados. "O que
fizemos foi um processo industrial em que a gente diminui a toxicidade da
bactéria e pode utilizá-la tanto para criança quanto para adulto, conferindo
proteção por muito tempo." Segundo Kalil, esta vacina é inédita no mundo e
é aguardada pela comuniade internacional.
A verba também vai permitir a retomada de um projeto de
desenvolvimento de uma vacina nacional pentavalente - contra difteria, tétano,
coqueluche, e Haemophilus influenzae tipo b (Hib) - em parceria com Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz).
FONTE: Portal G1.
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