O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou novos
indicadores do mercado de trabalho. Entre os novos indicadores, que são
analisados dentro da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad
Contínua), está a subocupação por insuficiência de horas trabalhadas.
Segundo o IBGE, a população brasileira em idade de trabalhar, ou seja,
acima de 14 anos, é dividida em pessoas dentro da força de trabalho e pessoas
fora da força de trabalho. As pessoas dentro da força de trabalho podem estar
trabalhando (pessoas ocupadas) ou desempregadas (ou seja, procuraram emprego
mas não conseguiram).
Subocupação
Entre as pessoas ocupadas estão aquelas subocupadas por insuficiência de
horas trabalhadas, ou seja, aquelas que trabalham menos de 40 horas semanais,
mas gostariam de trabalhar um período maior. De acordo com o IBGE, os
subocupados por insuficiência de horas trabalhadas chegaram a 4,8 milhões no
segundo trimestre de 2016. No primeiro trimestre do ano, esse contingente era
de 4,2 milhões.
Já os desocupados, ou seja, pessoas que procuraram emprego mas não
conseguiram, somaram 11,6 milhões no segundo trimestre, ante os 11,1 milhões do
primeiro trimestre. Juntando os dois indicadores (subocupação e desocupação)
chega-se a um total de 16,4 milhões de pessoas que ou não trabalham dentro do
período que gostariam ou estão desempregadas. No primeiro trimestre, esse
número era de 15,3 milhões.
A taxa de subocupação e desocupação em relação ao total de pessoas na
força de trabalho subiu de 15% no primeiro trimestre para 16% no segundo
trimestre deste ano.
Força
de trabalho potencial
Dentro do total de pessoas em idade de trabalhar (14 anos) também há
aquelas que estão fora da força de trabalho. O contingente dos fora da força de
trabalho é constituído por aqueles que não querem trabalhar (pessoas fora da
força de trabalho potencial) e aquelas que querem trabalhar, mas não procuram
emprego ou não estão disponíveis para o trabalho oferecido (pessoas na força de
trabalho potencial).
As pessoas na força de trabalho potencial subiram de 5,4 milhões no
primeiro trimestre de 2016 para 6,2 milhões no segundo trimestre deste ano. A
taxa de pessoas nessa categoria em relação a todas que estão fora da força de
trabalho cresceu de 8,4% para 9,8%.
Somando-se a desocupação, a subocupação por horas insuficientes e a
força de trabalho potencial, o IBGE consegue analisar a subutilização da força
de trabalho. A taxa de subutilização é conseguida somando-se os três
indicadores e dividindo-se pela soma das pessoas ocupadas (incluindo as
subocupadas), das pessoas desocupadas e da força de trabalho potencial. Essa
taxa subiu de 19,3% para 20,9%.
A jornada média de horas trabalhadas ficou em 39,1 horas no segundo
trimestre deste ano. No segundo trimestre de 2012, a jornada média era de 40,1
horas. Além disso, o IBGE verificou que 2,8% dos ocupados tinham dois ou mais
trabalhos, enquanto que há quatro anos, o percentual era de 3,5%.
Trabalhadores
por conta própria
Outro novo indicador da Pnad Contínua é o dos trabalhadores por conta
própria com Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). De acordo com o IBGE,
no segundo trimestre deste ano, entre os 22,9 milhões de trabalhadores por
conta própria, apenas 4,4 milhões (ou 19,3% do total) estavam registrados no
CNPJ. No primeiro trimestre, eram 4,6 milhões entre 23,2 milhões (20%).
FONTE: No Minuto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário