O número de crianças e adolescentes obesos no mundo se
multiplicou por mais de dez desde 1975, mas continua sendo menor que o de
crianças abaixo do peso, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (11).
Se as tendências observadas nos últimos anos forem
mantidas, a obesidade juvenil ultrapassará a insuficiência de peso até 2022,
preveem os autores do estudo, publicado na revista médica britânica "The
Lancet".
Em 2016, 124 milhões de crianças e adolescentes de cinco
a 19 anos eram considerados obesos, em comparação com 11 milhões em 1975,
segundo o estudo realizado pelo Imperial College de Londres e a Organização
Mundial da Saúde (OMS).
O fenômeno é observado em todas as regiões do mundo. Os
países mais afetados são algumas ilhas da Polinésia (mais de 30% de jovens de
entre cinco e 19 anos nas ilhas Cook são obesos, por exemplo), enquanto esta
porcentagem chega a 20% em países como Estados Unidos, Egito e Arábia Saudita.
Obesidade
é a grande causa de doenças cardiovasculares
Tanto o excesso de peso como a franca obesidade são
fatores de risco bem estabelecidos para a maioria das doenças cardiovasculares
como as doenças das coronárias (angina e infarto do miocárdio), insuficiência
cardíaca e a fibrilação atrial. Algumas pesquisas constataram um paradoxo
surpreendente. Quando os cardiopatas eram muito magros ou grandes obesos, a
evolução foi mais lenta e difícil, diferentemente dos com leve obesidade.
Os dados científicos de pesquisas feitas em Framingham,
nos EUA, atribuem principalmente à obesidade o surgimento de 23% das doenças
cardiovasculares dos homens e 15% das cardiopatias nas mulheres, descartados os
outros fatores de risco conhecidos.
Conforme Maria Helena Senger, médica endocrinologista e
professora da PUC em Sorocaba, a melhor forma de prevenção a essas doenças é a
prática de atividades físicas e a alimentação saudável. "É preciso ter uma
correta ingestão proteica e de gorduras e não ser sedentário. São coisas que as
pessoas sabem, mas é preciso entrar na agenda de todo mundo", frisa.
FONTE: Portal G1 e Jornal Cruzeiro.
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