Os secretários estaduais de saúde do Nordeste, sob coordenação do
vice-presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) e
secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, se reuniram na última
sexta-feira (20), em Salvador, a fim de construir uma estratégia agressiva de
combate ao mosquito aedes aegypti e controle dos agravos.
Há cerca de 30 anos o país convive com esse mosquito e com os ciclos de
dengue, sem que haja resultados efetivos. Ao acrescentar a transmissão de
outras doenças pelo mesmo vetor, como chikungunya e zika virus, bem como a
suposta associação com o aumento do número de casos relacionados à microcefalia
e síndrome de Guillain-Barré, constata-se que o país, sobretudo a região Nordeste,
enfrenta uma séria ameaça à saúde pública.
Na pauta com o ministro da saúde, Marcelo Castro, foi entregue um
documento com as necessidades conjuntas dos estados. Entre os destaques, o
pleito de que o ministério reconheça o mosquito aedes aegypti como a principal
ameaça a saúde pública do país. “Precisamos de ações enérgicas e estratégias de
combate inovadoras, além de uma estrutura de financiamento própria para
combater o mosquito e a consequente transmissão das arboviroses e o controle de
suas complicações”, destaca Fábio Vilas-Boas.
O documento, além de conclamar um maior envolvimento do Estado
brasileiro com a integração das três esferas de governo e participação efetiva
da sociedade civil, propõe envolver setores governamentais, por vezes, alheios
à situação, tais como Meio Ambiente, Infraestrutura, Desenvolvimento Urbano,
Fazenda, Educação, Comunicação e Assistência Social.
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, que decretou no último dia 11 de
novembro situação de emergência em saúde pública no Brasil, o que não se fazia
desde 1917, período cuja ameaça era a gripe espanhola.
No que se refere à microcefalia, o ministro afirmou que “vamos dar
respostas à sociedade da forma mais forte que conseguirmos, pois ainda é um
problema ciscunscrito ao Nordeste, mas será um problema nacional e
internacional”.
FONTE: Gazeta do Oeste.
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