quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Obesidade de crianças e adolescentes aumentou 10 vezes desde 1975, diz estudo

O número de crianças e adolescentes obesos no mundo se multiplicou por mais de dez desde 1975, mas continua sendo menor que o de crianças abaixo do peso, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (11).

Se as tendências observadas nos últimos anos forem mantidas, a obesidade juvenil ultrapassará a insuficiência de peso até 2022, preveem os autores do estudo, publicado na revista médica britânica "The Lancet".

Em 2016, 124 milhões de crianças e adolescentes de cinco a 19 anos eram considerados obesos, em comparação com 11 milhões em 1975, segundo o estudo realizado pelo Imperial College de Londres e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O fenômeno é observado em todas as regiões do mundo. Os países mais afetados são algumas ilhas da Polinésia (mais de 30% de jovens de entre cinco e 19 anos nas ilhas Cook são obesos, por exemplo), enquanto esta porcentagem chega a 20% em países como Estados Unidos, Egito e Arábia Saudita.

Obesidade é a grande causa de doenças cardiovasculares

Tanto o excesso de peso como a franca obesidade são fatores de risco bem estabelecidos para a maioria das doenças cardiovasculares como as doenças das coronárias (angina e infarto do miocárdio), insuficiência cardíaca e a fibrilação atrial. Algumas pesquisas constataram um paradoxo surpreendente. Quando os cardiopatas eram muito magros ou grandes obesos, a evolução foi mais lenta e difícil, diferentemente dos com leve obesidade.

Os dados científicos de pesquisas feitas em Framingham, nos EUA, atribuem principalmente à obesidade o surgimento de 23% das doenças cardiovasculares dos homens e 15% das cardiopatias nas mulheres, descartados os outros fatores de risco conhecidos.

Conforme Maria Helena Senger, médica endocrinologista e professora da PUC em Sorocaba, a melhor forma de prevenção a essas doenças é a prática de atividades físicas e a alimentação saudável. "É preciso ter uma correta ingestão proteica e de gorduras e não ser sedentário. São coisas que as pessoas sabem, mas é preciso entrar na agenda de todo mundo", frisa.

FONTE: Portal G1 e Jornal Cruzeiro.

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