segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Maior açude do Ceará, Castanhão chega a menor volume de sua história

Maior açude público de usos múltiplos do Brasil, o Castanhão, no Ceará, chegou esta semana ao volume mais baixo de toda a sua história. Atualmente, o reservatório mantém 4,46% de toda a sua capacidade de 6,7 bilhões de metros cúbicos (m³). Uma marca semelhante a essa só havia sido atingida em 2004, quando era recém-inaugurado e estava pegando os primeiros aportes de água.

Pelos cálculos da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do estado (Cogerh), essa quantidade de água deve ser suficiente para manter os usos do açude, que já estão reduzidos, até por volta de janeiro de 2018. Após essa data a situação será reavaliada considerando os prognósticos do período chuvoso do Ceará, que começa em fevereiro e se estende até maio. O volume total disponível atualmente é de 298,5 milhões de m³. Desses, 75 milhões de m³ correspondem ao chamado volume morto.

A queda do volume do Castanhão vem desde 2012, quando começou o longo ciclo de seca no Ceará que permanece até hoje. Mesmo ficando dentro da média histórica, as precipitações da chamada quadra chuvosa (entre fevereiro e maio) ocorreram de forma irregular e localizada este ano. Com isso, os maiores açudes do estado, Orós e Banabuiú, a exemplo do Castanhão, não conseguiram se recuperar das perdas acumuladas.

O açude cearense é um dos principais responsáveis pelo abastecimento da Região Metropolitana de Fortaleza, onde vive quase metade da população do estado. No entanto, hoje ele responde somente por 10% da água que chega às casas da capital.

Atualmente, as águas do Castanhão abastecem também oito cidades ao longo de um trecho de 100 quilômetros do rio Jaguaribe, que foi perenizado pela obra do açude, além dos municípios que ficam ao longo do Eixão das Águas e do antigo Canal do Trabalhador.

FONTE: Portal DeFato. 

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