sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Zika e microcefalia continuam sendo emergência internacional, diz OMS

Peter Salama, diretor executivo de epidemias e emergências em Saúde da OMS (esq.) ao lado de David Heymann (dir.), chefe do comitê de emergência sobre zika nesta sexta-feira (2) (Foto: Salvatore Di Nolfi/Keystone via AP)
A epidemia do vírus da zika continua sendo uma emergência de saúde de alcance internacional, dada sua contínua expansão geográfica e as grandes lacunas no entendimento de seus efeitos neurológicos, declarou hoje (2) a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A diretora geral da entidade, Margaret Chan, divulgou as conclusões do Comitê de Emergências da OMS, que nesta quinta-feira se reuniu para analisar a evolução da epidemia.

"O fato de que desde a última reunião tenham sido declarados surtos em distintas zonas geográficas e de que sigam existindo enormes lacunas sobre seus efeitos colaterais nos obrigou a manter a definição de emergência sanitária internacional", afirmou nesta sexta-feira, em entrevista coletiva, o diretor do Comitê de Emergências, David Heymann.

Nas últimas semanas, foram confirmados quatro casos na Guiné-Bissau e uma centena em Cingapura. O surto em Guiné-Bissau, no entanto, é produzido pela cepa africana do vírus, enquanto no de Cingapura ainda se desconhece sua origem e estão sendo realizados testes.

A cepa que apareceu no Brasil no final de 2014 e que provocou a epidemia atual é a asiática, proveniente das ilhas do Pacífico, onde foi detectada pela primeira vez em 2007.

A respeito das lacunas científicas, tanto Heymann como o diretor de emergências da OMS, Peter Salama, assumiram que todas as incógnitas permanecem sem resposta, dado que não se conhece por que o vírus provoca graves efeitos neurológicos em alguns casos e em outros não.

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