sábado, 29 de agosto de 2015

Dia Nacional de Combate ao Fumo: campanha alerta para malefícios do narguilé


No Dia Nacional de Combate ao Fumo, lembrado hoje (29), governo e entidades da sociedade civil alertam para os malefícios provocados pelo uso do narguilé, uma espécie de cachimbo comumente usado em países orientais.

O slogan da campanha promovida este ano pelo Ministério da Saúde é “Parece inofensivo, mas fumar narguilé é como fumar 100 cigarros”.

De acordo com a psicóloga e consultora técnica de Prevenção e Promoção da Saúde da Fundação do Câncer, Cristina Perez, uma sessão de narguilé dura, em média, de 60 a 80 minutos e, durante esse período, a pessoa fica exposta aos mesmos componentes tóxicos presentes na fumaça de uma centena de cigarros – inclusive o tabaco e a nicotina.

Riscos para a saúde

Os riscos são os mesmos associados ao fumo e incluem as doenças cardiovasculares, respiratórias e alguns tipos de câncer, segundo Cristina. Há ainda, no caso específico da narguilé, o agravante da socialização, já que a proposta é que o mesmo cachimbo seja utilizado por um grupo de pessoas. O uso coletivo aumenta a exposição a doenças como herpes, hepatite C e tuberculose.

“Algumas pessoas acreditam que porque o narguilé contém água, não faz mal. Mas, na verdade, ele também contém fumo do tabaco e causa os mesmos malefícios”, disse a especialista.

De acordo com o Inca, cerca de 200 mil pessoas morrem todos os anos no país em decorrência de doenças provocadas pelo fumo.

O câncer de pulmão é um dos maiores indicadores do impacto do tabagismo sobre a saúde, já que 90% dos casos são registrados entre fumantes ou ex-fumantes.

No Brasil, este é o tipo de câncer que mais mata homens e o segundo tipo que mais mata mulheres.

Dados estatísticos

Dados da Pesquisa Especial de Tabagismo, promovida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Instituto Nacional de Câncer (Inca) em 2008, indicam que havia 300 mil consumidores de narguilé no Brasil, naquela época.

Já a pesquisa Perfil do Tabagismo entre Estudantes Universitários no Brasil, do Ministério da Saúde, também destacou a alta proporção de usuários de narguilé entre estudantes universitários de alguns cursos selecionados da área da saúde no ano de 2011.

Em Brasília e São Paulo, dos estudantes que declararam consumir com frequência algum outro tipo de produto derivado do tabaco, de 60% a 80%, respectivamente, fizeram uso do narguilé.

FONTE: Agência Brasil.

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